A ejaculação precoce é o distúrbio sexual masculino mais prevalente na população. Estima-se que até 40% de todos os homens podem apresentar ejaculação precoce durante o decorrer da vida. Não existe, atualmente, um intervalo de tempo pré–determinado utilizado para se definir ejaculação precoce. Na verdade, aquele homem que ejacule mais rápido do que o desejado e isso traga insatisfação sexual ou emocional para si ou para a parceira é considerado portador de ejaculação precoce.
Existe uma série de condições psicodinâmicas relacionadas a ocorrência da ejaculação precoce. Algumas estão relacionadas ao próprio paciente como ansiedade, estresse, passividade e traços obsessivo-compulsivos. Outras estão ligadas ao relacionamento do casal ou características da parceira como conflitos interpessoais e distúrbios sexuais femininos (dificuldade de lubrificação e anorgasmia).
Resumidamente, o tratamento da ejaculação precoce pode ser dividido em duas possibilidades: tratamento medicamentoso e tratamento psicológico. A opção por cada um deles vai depender de características do próprio paciente e a critério médico. As drogas mais comumente utilizadas são os inibidores de recaptação da serotonina como a fluoxetina e a paroxetina, apresentando taxas de resposta que se aproximam de 85%.
A tendência atual é aceitar que pelo menos para uma parcela dos casos, a melhor estratégia terapêutica consiste na associação da psicoterapia ao uso de medicamentos orais.